O tiro de pistola em precisão pura
O tiro com pistola de ar comprimido ou com pistola livre de bala caracteriza-se pela técnica de precisão pura, mesmo sendo disciplinas disputadas em carreiras de tiro diferentes – 10 metros para ar comprimido e 50 metros para pistola livre – e com armas também diferentes. Neste artigo, Domingos Rodrigues – treinador da seleção nacional de pistola – explica-nos as técnicas de tiro para precisão pura, e o atirador olímpico João Costa mostra-nos a execução perfeita dessas mesmas técnicas.
Começaremos pelo ar comprimido, a base e escola dos grandes atiradores, sendo uma disciplina que pode ser praticada por todos os atiradores, independentemente da idade e em instalações que não exigem infraestruturas complexas.
Pistola 10 metros
É praticado com uma pistola de ar comprimido que utiliza a força do ar comprimido, em contraposição com as armas de fogo, que se baseiam em reações químicas, que ao queimarem combustíveis como a pólvora, produzem uma grande quantidade de gases. Esta disciplina disputa-se em carreiras de tiro fechadas, existindo uma distância de 10 metros entre o atleta e o alvo. A duração das provas para as senhoras é de 50 minutos, se forem usados alvos eletrónicos e de 1 hora se forem usados alvos de papel. Para os homens, a sua duração é de 1 hora e 15 minutos, se forem usados alvos eletrónicos e de 1 hora e 30 muntos se forem usados alvos de papel.
Técnica de tiro de pistola de ar comprimido
É importante dizer que todos os elementos da técnica são estritamente individuais e que as descrições que se seguem são de carater geral e devem ser entendidas e aplicadas no treino diário com os atiradores. No entanto, algumas informações presentes têm um significado essencial já que foram conseguidas ao longo dos tempos através do ponto de vista da experiência mundial dos treinadores, como também por parte dos atiradores.
Técnica da posição
– Posição das pernas. A posição mais estável e ao mesmo tempo mais confortável, é a que se verifica quando a distância entre os pés é aproximadamente igual ao tamanho da distância entre os ombros ou um pouco menor.
Os pés devem estar posicionados para estarem sem tensão, naturalmente virados para os lados. Esta posição é condicionada pelo quadril direito, pois o atirador, deve estar a olhar na direção do alvo e com as pernas um pouco afastadas, para que a linha de tiro passe aproximadamente no meio de ambos os pés ou num ângulo de 20 graus.
O peso do corpo deve ser colocado de modo que o atirador o esteja sentindo no meio dos pés ou um pouco sobre as costas.
– Posição do corpo. A parte superior do corpo fica ligeiramente dobrada para trás e a anca direita é trazida para a frente em direção ao alvo ou um pouco para a esquerda. Desta forma o peso do corpo será colocado otimamente em ambas as pernas e as articulações dos membros ficam mais bloqueadas.
O centro de gravidade do corpo deve situar-se entre as pernas ou um pouco mais perto da perna esquerda (pé). Com esta posição do corpo, o atirador, deve ao mesmo tempo, ser capaz de utilizar apenas os grupos necessários dos músculos, sem grande desperdício de energia e será capaz de praticar mais sessões de treino sem fadiga.
– Posição do braço direito. O braço direito tem que estar totalmente bloqueado, por três razões:
– A distância entre os olhos e as miras é sempre a mesma;
– O cotovelo, a parte superior do braço e do ombro devem formar uma unidade compacta, com fortes ligações, a qual originará um melhor controlo dos movimentos da arma;
– O braço esticado é melhor para absorver o recuo e melhora a eficácia da precisão;
O braço direito tem de estar em linha com a linha dos ombros ou um pouco para a esquerda a partir dessa linha;
Desta forma, está dando as melhores condições para o trabalho estático de todas as três partes do músculo deltoide.
– Posição do braço esquerdo. A mão esquerda e o ombro, no tiro de pistola, durante a fase do disparo, tem um papel absolutamente passivo.
Devido a este fato, a melhor posição é a “posição de imobilização”, ou seja, quando a mão esquerda é colocada no bolso esquerdo das calças ou do fato de treino ou fica pendurada no cinto das calças.
Desta forma é estabelecida “posição anatómica passiva”, de modo que o braço esquerdo é uma unidade de balanço com o corpo.
– Posição da cabeça. A cabeça deve estar voltada para a direita, sem nenhum desvio e sem qualquer direção. Deve estar natural e em posição confortável.
Desta forma conseguem-se as solicitações necessárias para obter:
– Condições ideais para a função de observação da vista;
– As condições ideais para a função dos mecanismos,
– As condições ideais para os músculos do pescoço, evitando desta forma uma fadiga desnecessária.
– Posição da mão direita. Atiradores de alto nível dizem que um aperto correto do punho é meio caminho para um tiro com sucesso. O que se afirma ser correto.
A posição da mão direita tem um papel importante no empunhamento correto da arma. Há três pontos importantes na mão e no punho que devem ser considerados:
– O espaço entre o polegar e o indicador (gatilho) do dedo – atrás do cano e que apoia na parte de trás da mão.
– A parte de baixo da mão, ao lado da dobra do pulso e que se situa na parte superior (suporte) da base do punho.
– A parte superior onde se apoia o meio do dedo médio e que está colocada sob o mecanismo de disparo.
Quando estes três pontos da mão estão corretamente colocados nos locais designados no punho, eles formam um triângulo que segura a pistola com base principalmente em princípios físicos.
O resultado será a existência de menos atividades musculares, menos desperdício de energia e movimentos mais suaves da pistola.
O dedo no gatilho deve estar livre de qualquer contato com o punho.
Só desta forma se conseguem condições ideais para a atividade correta do dedo sobre o gatilho e uma ação correta para o disparo
Se por exemplo não é esse o caso, o dedo no gatilho em contato com o punho, cada tentativa de desencadear um disparo resulta em movimentos da pistola sob o ponto de mira ideal, e a precisão será diminuída.
Técnica de fazer o alinhamento das miras
Muitas vezes você já ouviu dizer que para disparar bem é necessário ter um bom olho e uma mão tranquila.
Se fizermos uma observação no cenário internacional podemos ficar realmente surpreendidos ao verificar que muitos atiradores de topo usam óculos.
Para um bom disparo, é essencial ter uma técnica de observação correta e uma visão clara (com ou sem óculos). Uma das mais utilizadas é descrita como se segue:
– O ponto de mira deve ser colocado no meio do espaço da alça de mira.
– A linha superior do ponto de mira, deve ser vista na mesma linha horizontal (nível) com a linha superior da alça de mira.
– De ambos os lados do ponto de mira deve ser visto o mesmo espaço livre a partir de dois lados interiores da alça de mira.
Esta figura complexa, do ponto de mira dentro da alça de mira deve estar a apontar e a coincidir com a parte de baixo do “preto” do alvo, ou seja, o ponto de mira deve estar a apontar aproximadamente para o anel do número 5 no alvo.
Este “espaço livre” é necessário porque apenas desta forma é possível efetuar correções no processo de observação.
O foco dos olhos está sempre no ponto de mira. Existem grandes movimentos do cano e por isso mais percetíveis.
Muitos atiradores cometem muitos erros porque se focam erradamente no alvo, o que vai originar uma ilusão de menor movimento da arma e daí resultar uma precisão deficiente.
Todos os elementos acima mencionados têm de ser utilizados de uma forma coordenada e sistemática, caso contrário, não haverá a saída esperada e desejada.
Estes cinco elementos de coordenação são importantes e devem ser tidos em consideração para o uso adequado da técnica de posição acima mencionada.
– Tomar a posição correta de tiro
– Puxar o gatilho
– Coordenação entre disparo e alinhamento das miras
– Seguimento
– Respiração
– Tomar a posição correta de tiro
Muitas vezes coloca-se a pergunta – como tomar a posição correta? Sugere-se o seguinte método:
– Com olhos fechados, o atirador coloca-se em pé, a dois metros da linha de tiro, olhando diretamente para o alvo;
– Depois de alguns segundos, andar para a frente e quando chegar à linha de tiro, o atirador deve voltar-se para a esquerda, ficando numa posição confortável a ver o alvo (ou seja, sem sentir tensão nos músculos do pescoço);
– Depois disso, colocar as duas mãos (uma a segurar a outra) sobre a parte da frente do estômago e fechar os olhos;
– Tentar sentir-se agradável e confortável com o equilíbrio do corpo;
– Quando considerar satisfatório, terminar, levantar o braço direito para a direção do alvo e colocar a mão esquerda sobre o cinto das calças ou no seu bolso ou ainda no bolso do fato de treino;
– Poucos segundos depois, virar a cabeça para a direção do alvo, abrir os olhos e ver onde a zona da mão, entre o polegar e o dedo indicador, está a apontar, que deve ser para a zona do “preto”.
– Se este não for o caso, o procedimento deverá ser repetido até se conseguir obter o ponto desejado que é aproximadamente na área visual do “preto”, e na qual onde se sentirá confortável.
– Para os mais pequenos desvios existem outros métodos para corrigir a posição. No caso de pequenos desvios laterais (tamanho do alvo) e se a arma surge apontada á direita do alvo, o pé esquerdo vai ser discretamente movido na direção oposta, ou seja, para trás, enquanto que o pé direito se movimenta ligeiramente para a frente, mantendo assim a posição de bloqueamento.
Quando essa parte está feita e sem se mover da posição, o atirador levanta a pistola na mão em direção ao alvo, cerca de 20 vezes, a fim de obter a posição correta.
Puxar o gatilho
Cumprindo algumas regras simples pode-se encontrar uma posição fácil e agradável.
O dedo do gatilho deve estar livre de qualquer contato com o punho, caso contrário, todos os movimentos durante o disparo irão resultar em movimentos da arma que resultarão num mau tiro de precisão.
A primeira articulação do dedo indicador deve ser colocada no gatilho com a sua parte mais sensível (almofada), na parte do meio da haste do disparador, com um ângulo próximo dos 90 graus em relação ao eixo do cano.
Quando se inicia o disparo, a pressão deve ser exercida paralelamente com o eixo do cano. Uma vez iniciado este procedimento, a pressão deve ser suave e de forma constante e lenta, de modo a que o disparo surja de surpresa.
É absolutamente “proibido” efetuar qualquer ação que provoque movimentos rápidos com o dedo do gatilho, pois se isso acontecer irá influenciar negativamente o tiro de precisão.
Coordenação entre disparo e objetivo
Sem margem de qualquer dúvida que a técnica de puxar o gatilho durante o alinhamento do ponto de mira dentro da alça é a parte mais sensível e mais importante no tiro de pistola.
Teoricamente, a técnica é muito simples, mas, na realidade, há dificuldades. Portanto, um planeamento e um treino corretos são de importância essencial.
O mecanismo do gatilho da pistola de ar é um mecanismo tipo acelerador. Significa isto, que tem três fases.
Tirar o peso do primeiro tempo até parar, continuar a pressionar até vencer o peso do segundo tempo e manter a arma depois de encontrar o batente de paragem após o disparo (trigger stop).
Como coordenar o desencadeamento de alinhar as miras:
– Existem duas técnicas principais de o fazer; uma onde a arma se eleva acima do alvo (zona preta) e outra onde o aparelho de pontaria se encontra sobre o alvo (parte preta) e depois regressa suavemente à zona de alinhamento final. Para facilitar a linguagem vou chamá-los de alinhamento superior (AS) e alinhamento inferior (AI).
– Quando a arma chegar na área de alinhamento superior, o atirador deve aí tirar o primeiro peso do gatilho. Nesta área, situada acima da zona preta do alvo deve ser reduzida a zona de alinhamento final.
– Na AI, que é mais próxima da área final de alinhamento das miras (aiming area ou zona de pontaria) a arma deve ser levantada um pouco mais alto.
– Encontrar a zona de alinhamento final.
– O momento de paragem do gatilho é alcançado, a vista está focada ao máximo no ponto de mira.
– Continuar a puxar continuamente o segundo tempo, ignorar os movimentos ligeiros da pistola, até que o tiro surja de surpresa.
– Segurar o gatilho na posição traseira e manter alinhado o ponto de mira dentro da alça por mais cerca de 2-3 segundos.
Desta forma se verificam todas as condições possíveis para um “tiro perfeito”:
– Não haverá movimentos rápidos da pistola – uma boa precisão.
– A técnica de alinhamento manter-se-á intacta – área de alinhamento adequada e,
– A oportunidade para o processo de análise vai existir – “seguimento”.
– Infelizmente, muitos atiradores seguem esta parte da técnica do tiro de uma forma errada. Levando a vista para a zona de pontaria, eles estão tentando ignorar os movimentos da arma e desta forma não a veem a mover-se, parecendo-lhe que a mesma está perfeitamente parada, mas isso é impossível.
– Esquecendo-se de tirar o peso do primeiro tempo, puxando o gatilho violentamente, causando movimentos rápidos da pistola no momento mais importante da origem do tiro.
Como regra e em geral, esse procedimento causa:
– Demasiado tempo na etapa de alinhamento – o foco no ponto de mira desaparece por falta de oxigénio na vista.
– O braço fica mais cansado e os movimentos de amplitude ficam maiores.
– Há o desencadear de um disparo que resulta do desespero e de uma decisão forçada, que provoca um movimento violento do cano da pistola.
– Não existindo seguimento não há feedback do procedimento.
– Resultado: baixa precisão, muitos erros forçados, desperdício de energia psicológica e física e falta de conhecimento do feedback.
– Mentalmente, esta forma de competir origina que, a longo prazo, o atirador desmoralize, convencendo-se de que não é capaz de executar bons tiros. Depois de algum tempo, pode resultar e originar falta de motivação e levar á desistência da prática do tiro desportivo.
Seguimento
Não há dúvida de que, depois de disparar a arma a concentração dos atiradores tem que permanecer nos próximos 2-3 segundos.
Desta forma é garantido que a parte mental no momento da saída do tiro permanece ainda com um balanço energético positivo.
O tiro não deve partir apenas com os átomos finais da concentração. Também é esta a única possibilidade que o sistema neuromuscular e a parte consciente do cérebro têm de ir buscar a necessária e vital experiência do feed-back.
Respiração
É bem conhecido que, pelo menos, durante o processo de alinhamento final das miras, não é aconselhável respirar, porque a respiração está ligada aos movimentos rítmicos do sistema de tórax, ombro e abdômen os quais originam os movimentos da arma, que por sua vez influenciam negativamente no processo de elaboração da técnica de precisão.
Por isso, recomenda-se parar a respiração (entrar em apneia) durante a fase de disparo. É necessário reconhecer a respiração como um processo fisiológico que está permanentemente a acontecer no nosso organismo, o qual está ligado com o fluxo de sangue, a distribuição do oxigénio e de dióxido de carbono, metabolismos de reação complexa no nosso sistema neuro-central.
Todos estes processos têm um papel importante no funcionamento correto do organismo. Portanto, a respiração tem um papel importante nos micros e macro ciclos, durante as várias fases do disparo. Uma técnica de respiração errada pode influenciar negativamente a condição geral do atirador e originará como resultado um mau tiro.
Durante a respiração normal uma pessoa fará 12-15 ciclos respiratórios num minuto. Significa isto que um ciclo (inspirar, expirar e pausa na respiração) dura 4-5 segundos.
O que é interessante, do ponto de vista dos atiradores, é que podem sem qualquer esforço especial, fazer uma pausa na respiração de aproximadamente 12 a 15 segundos, sem qualquer problema fisiológico grave. Este tempo é mais do que suficiente para executar um tiro correto.
Os atiradores experientes, antes de um disparo de precisão, geralmente fazem 2 a 3 respirações profundas, expirando de forma lenta e incompleta, antes de parar o processo de respiração, (entrada em apneia) a fim de executar o disparo em condições ótimas e tranquilas.
Uma segunda técnica, que também é muito frequentemente utilizado, é a de parar a respiração após uma inspiração profunda.
A lógica deste processo é que o sangue tem maior concentração de oxigénio.
De qualquer maneira e para evitar os efeitos da fadiga durante uma competição longa, por estar muitas vezes a perturbar o processo de respiração normal, torna-se necessário informar o atirador de que não deve fazer pausas na respiração superiores a 7 segundos.
Antes de iniciar o processo de alinhamento das miras para o tiro seguinte, é necessário fazer algumas respirações profundas a fim de libertar a quantidade residual de dióxido de carbono e ter quantidade suficiente de oxigénio.
Esta técnica deve ser aplicada durante todo o exercício de treino/prova.
Seja qual for a técnica que o atirador usa, a mesma deve servir para apoiar e ampliar o trabalho nas suas habilidades durante todo o processo de disparo. A técnica de respiração é um processo estritamente individual e tem de ser desenvolvido através da experiência pessoal de cada um.
Existem muitas opiniões diferentes e controversas sobre estas técnicas, as quais já foram objeto de muitas discussões entre treinadores e atiradores.
A minha opinião e através da minha experiência, verifico que qualquer técnica que forneça ao atirador um fluxo necessário de oxigênio, é correta.
É dos elementos intervenientes no processo de disparo o que me parece mais individual, mas todos eles estão provavelmente corretos.
Devemos lembrar-nos que a respiração é um dos primeiros reflexos automáticos que nasce com cada um de nós. Faz parte da nossa natureza.
Exercícios de tiro
Contudo, as competências técnicas básicas têm como papel principal o objetivo de as desenvolver ao máximo e o quanto possível.
É importante notar que o equilíbrio entre esforço e resultado, especialmente com iniciantes, é muito sensível, porque os principiantes se cansam mais facilmente.
A aprendizagem e a implementação das técnicas corretas têm a mesma dificuldade para o atirador, como a aprendizagem e implementação das técnicas erradas.
O treinador deve usar este fato e logo desde o início deve ensinar os atiradores a caminhar na direção correta. Mais tarde, é muito mais difícil corrigir as habilidades já desenvolvidas de forma errada.
Muitas vezes, efetuar repetidas demonstrações teóricas da técnica, causam muito maior efeito no processo de aprendizagem.
É mais fácil para os atiradores aprenderem algo que podem ver, do que ouvir longas e cansativas explicações.
Além disso e desta forma, o trabalho e a relação entre o atirador e o treinador, torna-se cada vez melhor e mais compreensível.
O treinador não deve esquecer que os conhecimentos e as capacidades motoras dos atletas são limitados e que existe uma grande parte de incerteza sobre as suas possibilidades.
Se esse conhecimento estiver presente e entendido, vai dar melhor compreensão e apoio ao desenvolvimento do atirador.
Como sumário
Lembrar a restante atenção em alguns elementos importantes da técnica de posição que irão garantir um disparo com sucesso;
Para libertar as tensões musculares em todo o sistema, que desempenham um papel importante no processo de disparo:
– Pescoço
– Ombros
– Costas
– Pernas/braços
– Quadris devem estar bloqueados (maior estabilidade na parte superior do corpo)
Resultado:
– Em vez de se usar a força muscular nos tornozelos, é mais apropriado usar mais atividade nos ligamentos (resultado = menor uso de energia, mais relaxante e mais resistente para o processo de exercício de treino / competição);
– O centro de gravidade deve incidir mais no pé esquerdo, próximo ao meio;
– Criar sensações mais confortáveis;
– Criar alinhamentos de mira corretos / provocar coordenação do gatilho;
– Para obter feed-back.
Resultado:
Esta posição dá a possibilidade de:
– Levantamento mais fácil da arma;
– Mais fácil a “imagem de um alinhamento desigual”, sem dividir a concentração no ponto de mira e disparo;
– Mais fácil puxar o primeiro peso do gatilho – cerca de 2/3 do peso total;
– Mais fácil encontrar a zona de disparo final;
– Mais fácil e mais rápida a saída do tiro (“tiro em primeira imagem”).
Esta posição e este processo são mais agressivos do que outras técnicas e dão mais confiança ao atirador.
É mais fácil aprender a maneira correta de disparar e é mais fácil de encontrar a causa dos erros e a solução para eles.
Como o desempenho do atirador melhora, treinar a formação técnica é cada vez mais importante, nomeadamente em matéria das habilidades motoras, que eu acredito, são os elementos mais importantes para o sucesso dos atiradores.
Como as habilidades motoras são melhores e estão dominadas, torna-se mais fácil transferi-las para uma atividade correta do subconsciente, que é o objetivo principal de qualquer técnica.
Por Domingos Rodrigues
(Treinador da seleção nacional de pistola)
com a colaboração de João Costa (atirador olímpico e recordista nacional de Pistola 10m e Pistola 50m).
Fotos: Pedro Vitorino
Bom dia eu gostava de imprimir esse artigo ou de comprar .
No tiro em Portugal, felizmente, já todos sabemos tudo…acontece é que durante as provas o descuramos quase sempre.
É um prazer ler e reler os ensinamentos de quem sabe… e nos tem provado ao longo dos anos que também os consegue aplicar…com os magníficos resultados que vai obtendo nas provas em que temos o privilégio de o ver participar.
Sou a Bruna Ferreira, gostei muito do seu artigo tem muito
conteúdo de valor, parabéns nota 10.